O Parque Nacional da Chapada Diamantina

Localizado no coração do estado da Bahia, o Parque Nacional da Chapada Diamantina se estende majestosamente ao longo de 152.575 hectares na imponente Serra do Sincorá, integrante da grandiosa Cadeia do Espinhaço. Abrangendo cinco municípios encantadores – Lençóis, Palmeiras, Andaraí, Mucugê e Ibicoara – sua sede está na acolhedora cidade de Palmeiras.

No entanto, a Chapada Diamantina transcende os limites do Parque Nacional. Essa região deslumbrante reserva uma infinidade de atrativos para serem explorados em seus diversos municípios. É possível embarcar em tours de um dia, que geralmente ocorrem em propriedades privadas, onde pode ser cobrada uma taxa de visitação. Já para os amantes de caminhadas, os trekkings são realizados dentro do próprio parque nacional, proporcionando longas jornadas por cenários maravilhosos.

Independentemente da escolha, a Chapada Diamantina reserva experiências inesquecíveis. Delicie-se com vistas de tirar o fôlego, banhe-se em refrescantes piscinas naturais e conecte-se profundamente com a natureza exuberante. Embora não exista uma época específica para visitar, é recomendável reservar um período em que você tenha tempo suficiente para aproveitar ao máximo todos os encantos desse destino extraordinário.

Prepare-se para se encantar com a grandiosidade do Parque Nacional da Chapada Diamantina e seus arredores. Essa região de beleza indescritível proporcionará momentos de paz, admiração e gratidão diante de suas paisagens surpreendentes.

 

Responsabilidade do Viajante

É de suma importância que o viajante assuma a responsabilidade moral de avaliar o comportamento de seu guia, levando em consideração todos os cuidados necessários para uma visita consciente. Isso envolve o respeito pelo meio ambiente, o bem-estar dos demais viajantes e a higiene em um ambiente natural.

Caso o viajante perceba qualquer comportamento inadequado por parte do guia, é seu dever chamar a atenção para tal atitude e, se necessário, fazer uma reclamação às autoridades competentes. É fundamental zelar pelo equilíbrio e preservação do destino, garantindo que as futuras gerações também possam desfrutar dessa maravilha natural.

Ao agir de forma responsável e tomar medidas para evitar práticas negativas, o viajante contribui ativamente para a conservação do local e para a promoção de um turismo sustentável. Todos nós temos um papel a desempenhar na preservação desses preciosos ambientes naturais, e é por meio de nossas ações conscientes que garantimos a preservação desses tesouros para as gerações futuras.

 

As Cidades e Vilas da Chapada Diamantina

 

Lençóis

A cidade de Lençóis, na região norte do Parque Nacional da Chapada Diamantina, é a que mais recebe turistas já que possui melhor infraestrutura para atendê-los e fica a 420 km de Salvador. Seus casarões históricos foram transformados em pousadas, restaurantes, agências e outros serviços. Alguns passeios e treks tem Lençóis como base, como Marimbus, Fumaça por baixo, Mixila, Cachoeira dos Mosquitos, Serra das Paridas, Rio Mucugezinho + Poço do Diabo, Morro do Pai Inácio, Grutas da Fumaça, Pratinha, Torrinha e Lapa Doce.

 

Palmeiras e Vale do Capão

Também ao norte do Parque Nacional da Chapada Diamantina, no município de Palmeiras, temos a vila do Vale do Capão. Tanto Palmeiras como o Vale do Capão contam com estrutura de pousadas, restaurantes, agências de turismo, mercados, padarias, etc. A estrada até Palmeiras é asfaltada. Da cidade até a vila do Vale do Capão a estrada é de terra, muitas vezes bastante esburacada devido ás chuvas, por isso a distância curta pode tomar um tempo maior de trajeto pela lentidão do deslocamento. O Vale do Capão é uma das entradas para a famosa trilha do Vale do Paty. Também é a vila mais perto da famosa Cachoeira da Fumaça e da linda trilha de Águas Claras. Nesse município há atrativos como o Morro do Pai Inácio, Morro do Camelo, Campos de São João e outros.

Na região central do Parque Nacional da Chapada Diamantina há as cidades de Andaraí, a 450 metros de altitude e Mucugê, à 1.000 metros de altitude. São muito próximas (40 km pela estrada). Mas devido ao grande desnível, o clima entre elas é muito diferente.

 

Andaraí

Andaraí é uma das portas para o paraíso do Vale do Paty, trek mais famoso da chapada, além de ter a bela Cachoeira do Ramalho. A cidade não conta com muita estrutura turística, sendo carente de restaurantes sofisticados, por exemplo.

 

Mucugê

Mucugê é o município com maior área dentro do Parque Nacional da Chapada Diamantina, com alguns atrativos como o Cemitério Bizantino, o Projeto Sempre Viva (que conta com o Museu Vivo do Garimpo, a Cachoeira da Piabinha e a Cachoeira do Tiburtino), as cachoeiras do Cardoso, Funis, Andorinhas, Três Barras e Cristais. A cidade conta com boas pousadas e restaurantes para acolher os viajantes.

 

Igatú

Entre essas duas cidades (Andaraí e Mucugê) tem a vila de Igatú, famosa por suas ruínas e por ser bucólica, encravada na serra, tendo somente aproximadamente 500 habitantes. Pousadas charmosas e bons restaurantes a transformam no lugar ideal para aqueles que querem pouco movimento e uma vida pacata. Nessa vila é possível visitar um antigo garimpo de diamantes, bem como ruínas de habitações dos tempos de povoamento e extração de diamantes. Há também a Rampa do Caim, um lindo mirante onde é possível observar o encontro dos Rios Pati e Paraguassú e toda sua beleza ímpar.

 

Guiné

Na face leste da Serra do Sincorá há a vila do Guiné, pertencente ao Município de Mucugê, que é outra porta de entrada para o Vale do Paty. A Serra do Esbarrancado molda um visual perfeito com suas belas escarpas para quem vai começar a caminhada do Vale do Pati. Há poucas pousadas e todas bem simples, assim como restaurantes.

 

Ibicoara

No extremo sul do parque nacional da Chapada Diamantina temos a cidade de Ibicoara. De todas acima é a única que não conta com edifícios históricos, com um centro urbano que não chama a atenção. Mas da cidade a vista já é um espetáculo, com a Serra do Sincorá crescendo do chão às nuvens, formando um lindo paredão. Além das cachoeiras do Buracão, Fumacinha, Licuri, Véu de Noiva e Rio Preto, um dos melhores atrativos da cidade é a zona rural e o jeito como se vive por lá. O contato com a roça é intenso e as opções de hospedagem são simples e aconchegantes, todas encravadas em vales profundos no sul da Serra do Sincorá.

A região da Chapada Diamantina é muito mais ampla do que apenas a Serra do Sincorá, que abriga exclusivamente o Parque Nacional da Chapada Diamantina. A oeste do parque nacional, há uma extensão adicional da Cadeia do Espinhaço, que engloba inclusive os picos mais altos do nordeste do Brasil. Essa cadeia montanhosa se estende até o vale do Rio São Francisco. As cidades de Rio de Contas, Abaíra, Piatã e Livramento de Nossa Senhora estão localizadas nessa região.

No mapa a seguir, é possível visualizar a divisão do estado da Bahia em regiões. É importante notar que a região da Chapada Diamantina está localizada no centro do mapa, com destaque para o Parque Nacional da Chapada Diamantina.

 

 

Mapa da Bahia- Parque Nacional da Chapada Diamantina
Mapa do estado da Bahia com o Parque Nacional da Chapada Diamantina em destaque

Fonte: http://www.bahia.ws/mapa-bahia/chapada-diamantina

 

Clima e Relevo

O clima na Chapada Diamantina é predominantemente tropical semi-úmido, embora em algumas áreas prevaleça o clima semi-árido. A região é montanhosa, com variação de altitude. Para acessar o Parque Nacional da Chapada Diamantina, é necessário subir a serra, já que as cidades estão localizadas nas áreas mais baixas. A altitude média dentro do parque é de 1.000 metros, com áreas mais baixas chegando a 440 metros e áreas mais altas atingindo cerca de 1.600 metros. Fora do Parque Nacional da Chapada Diamantina (a oeste), encontra-se o Pico do Barbado, o ponto mais alto do nordeste brasileiro, com 2.030 metros de altitude.

A imagem de satélite a seguir ilustra a metade norte do Parque Nacional da Chapada Diamantina, abrangendo as cidades de Lençóis e Palmeiras (extremo norte) e Mucugê (centro). Essa região concentra a maioria das trilhas populares, como Fumaça, Mixila e Vale do Paty.

 

 

Clima e Relevo da Chapada Diamantina
Imagem de Satélite- Parque Nacional da Chapada Diamantina

Fonte: http://www.oocities.org/br/isrcl/satelite.jpg

 

Vegetação e Geologia

O Parque Nacional da Chapada Diamantina está localizado em uma região de transição entre diferentes biomas, abrangendo áreas de cerrado, caatinga, campos rupestres e matas de altitude. Essa combinação única de ecossistemas resulta em uma paisagem deslumbrante, uma das mais impressionantes do Brasil. Ao explorar a região, é possível testemunhar de perto a harmonia desses biomas, formando um cenário magnífico que só pode ser apreciado por aqueles que visitam o local.

A diversidade de espécies vegetais é notável, com várias plantas endêmicas se mesclando com outras para criar uma paisagem deslumbrante. Bromélias, orquídeas, sempre-vivas e canelas-de-ema são apenas alguns exemplos das plantas abundantes e facilmente encontradas durante os passeios pela Chapada Diamantina. É uma verdadeira celebração da flora, proporcionando uma experiência única e enriquecedora aos visitantes.

 

 

Canyon Fumacinha
Canyon do Riachão das Pedras- Parque Nacional da Chapada Diamantina

 

Dentro do Parque Nacional da Chapada Diamantina, predominam as rochas sedimentares, como conglomerados, argilitos, siltitos, arenitos e quartzitos, que são características da região das serras. Nos arredores do parque, encontramos rochas calcárias, glaciais e sedimentos gnáissicos primitivos. Além disso, também são encontrados em menor proporção sedimentos recentes e rochas vulcânicas.

As impressionantes paisagens montanhosas do Parque Nacional da Chapada Diamantina e seus arredores foram moldadas pelo fenômeno conhecido como soerguimento, no qual pressões provenientes do interior da crosta terrestre elevam parte da superfície. Além disso, o tempo desempenha um papel fundamental na formação dessas belas paisagens, pois a ação da erosão causada pelas chuvas e ventos molda e transforma constantemente o ambiente. É um espetáculo da natureza em constante evolução.

 

Apas e Parques Municipais

A APA Iraquara-Marimbus abrange uma área de 125,4 mil hectares e engloba 5 municípios: Lençóis, Andaraí, Palmeiras, Iraquara e Seabra. Criada em 1993, tem como objetivo preservar áreas naturais ameaçadas pela ocupação humana inadequada, proporcionando aos visitantes a oportunidade de apreciar a beleza da região.

A região norte, em Iraquara e Seabra, é conhecida pelas suas cavernas calcárias, enquanto Palmeiras é famosa pelos seus morros icônicos, como o Morro do Pai Inácio e o Morro do Camelo, que recebem diariamente um grande fluxo de turistas. Já a área de Lençóis e Andaraí é chamada de Marimbus, também conhecida como mini-pantanal.

No Marimbus, os rios Santo Antônio, São José e Utinga recebem as águas das serras do norte do Parque Nacional da Chapada Diamantina, incluindo os rios Mucugezinho, Preto, Capivara, Roncador, Caldeirão e Garapa. Essa paisagem encantadora atrai muitos turistas para passeios diários. No entanto, o assoreamento causado pelas areias trazidas das serras devido ao garimpo teve um grande impacto ambiental, resultando na formação de praias e extensos bancos de areia.

 

Parque Municipal Natural da Muritiba

Em Lençóis, encontramos o Parque Municipal Natural da Muritiba, uma excelente opção de passeio para conhecer a história da cidade e aprender sobre a geologia local. É importante destacar que é necessário pagar uma taxa de visitação e, em determinadas áreas, a contratação de um condutor ou monitor ambiental é obrigatória. Essas medidas visam garantir a preservação do ambiente e oferecer uma experiência segura e enriquecedora para os visitantes.

 

Parque Municipal de Mucugê

Localizado em Mucugê, o Parque Municipal abrange uma extensão de 570 hectares e oferece uma série de atrações imperdíveis. Entre elas está o renomado Museu Vivo do Garimpo, que desempenha um papel fundamental na preservação da identidade cultural desse município. Mucugê foi a primeira cidade da Chapada Diamantina a ter suas terras exploradas em busca de diamantes, em 1844, marcando o início de um importante ciclo diamantífero na Bahia.

Dentro do Parque Municipal de Mucugê, você também terá a oportunidade de conhecer o encantador Projeto Sempre Viva. Nesse projeto, é possível explorar as deslumbrantes cachoeiras do Tiburtino e das Piabinhas, proporcionando momentos de pura conexão com a natureza. Desfrute da beleza natural desses locais e permita-se vivenciar a serenidade que as quedas d’água oferecem

 

Incêndios Florestais (IF)

Um dos maiores desafios enfrentados pelo Parque Nacional da Chapada Diamantina e pela natureza como um todo é o fogo. Embora incêndios florestais possam ocorrer naturalmente em algumas circunstâncias, a maioria das queimadas que afetaram o parque nos últimos anos foi causada pela ação humana. Muitos desses incêndios são propositais, configurando um crime que deve ser punido de acordo com a lei. O Instituto Chico Mendes de Biodiversidade (ICMBio) é o órgão responsável pela fiscalização, prevenção e combate aos incêndios florestais dentro do Parque Nacional da Chapada Diamantina (PNCD). Nas áreas adjacentes ao parque, cabe ao Instituto do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (INEMA), por meio de denúncias do Ministério Público da Bahia, fiscalizar, investigar e punir os infratores.

No entanto, vale ressaltar que o PNCD ainda enfrenta questões fundiárias pendentes, o que impede o fechamento do parque para um controle mais rígido da entrada e saída de visitantes. Essa situação também dificulta a implementação de uma lei que exija a contratação de guias credenciados para realizar trilhas no interior do parque.

Caso essa medida pudesse ser aplicada, o guia se tornaria o responsável legal pelo grupo que conduz, assumindo a responsabilidade por qualquer dano ambiental ou pela prestação de primeiros socorros, se necessário. Além disso, é importante que sejam adotadas práticas preventivas para evitar incêndios acidentais. Cigarros devem ser apagados com cautela e resíduos de vidro ou alumínio não devem ser deixados pelo caminho.

Durante as atividades de cozinha, é fundamental que os guias utilizem fogareiros, uma vez que fazer fogueiras dentro do PNCD é considerado crime. Ao seguir essas precauções, contribuímos para a preservação desse valioso patrimônio natural.

 

 

Chapada Diamantina- Resumo da História

Conforme mencionado por FUNCH (2002), a história da ocupação da região da Chapada Diamantina pelos colonizadores e escravizados está intimamente ligada à exploração do ouro e do diamante. No início do século XVIII, foi descoberto ouro na cidade de Jacobina, ao norte da Chapada Diamantina. Inicialmente, a extração de ouro na região de Jacobina era clandestina, mas a partir de 1720 foi oficialmente permitida pelo Império. Quatro anos mais tarde, a exploração foi liberada na região sudoeste da Chapada Diamantina, onde a cidade de Rio de Contas está localizada atualmente. A extração de ouro na Bahia continuou por mais dois séculos, até que, no século XX, as reservas começaram a se esgotar.

Quanto à exploração de diamantes, ela teve início por volta de 1730, mas foi realizada de maneira ilegal e clandestina até 1832, quando foi autorizada oficialmente. Durante esse período, foram descobertas jazidas e reconhecida a riqueza diamantífera da região. Em 1844, um comerciante que viajava pelas vilas locais identificou o cascalho característico que costumava encontrar na antiga chapada enquanto percorria a região de Mucugê.

Após algumas tentativas, foram encontrados diamantes no córrego que atravessa a cidade, e assim começou a exploração da região. Não demorou muito para que a notícia se espalhasse e garimpeiros começassem a chegar em grande número, contribuindo para o desenvolvimento e o crescimento das cidades da região.

 

Consequências

De Mucugê até o Morro do Chapéu, no sentido norte, houve um intenso processo de povoamento e surgimento de novas vilas, como Igatú, Andaraí e Lençóis.

Essa região, que abrangia os ciclos do ouro e do diamante, ficou conhecida como Chapada Diamantina. A busca por essa “riqueza fácil” proporcionada pela exploração desses materiais também resultou em conflitos políticos. Os habitantes do Planalto Central, do Vale do São Francisco, de Minas Gerais e do Sertão Baiano se confrontaram com os nativos do Recôncavo Baiano e até mesmo com os portugueses que representavam a coroa.

Essas tensões geraram muitos conflitos, e junto com o declínio da atividade de garimpo, ocorreu uma disputa de poder na qual se destacou o Coronel Horacio de Mattos, um influente e combativo coronel da Chapada Velha, atualmente conhecida como Brotas de Macaúbas. Após enfrentar conflitos e estabelecer alianças, ele adquiriu grande influência e poder político, sendo designado pelo Governo Federal para perseguir as tropas da Coluna Prestes, tarefa que executou até a Bolívia.

Toda essa disputa de poder teve consequências, que somadas à queda da atividade de garimpo, levaram a região da Chapada Diamantina a uma aniquilação econômica. Com a vitória da República na Revolução de 1930, o Coronel Horácio de Mattos atendeu aos apelos de pacificação e entregou suas armas. No entanto, uma vez desarmado, ele e outros coronéis foram presos e enviados para Salvador.

Sob protestos contra sua prisão, Horácio de Mattos foi solto em 13 de maio de 1931, porém, dois dias depois, foi assassinado a mando de familiares de uma de suas vítimas do passado. Com a economia devastada e sem liderança política, a região da Chapada Diamantina entrou em declínio, e sua população começou a migrar para plantações de café e garimpos em outros estados do Brasil.

Proibição do Garimpo de Diamantes

Com a proibição do garimpo, os habitantes da Chapada Diamantina tiveram que buscar outras formas de sustento. Surgiu então a atividade turística, trazendo consigo conflitos entre a filosofia de preservação ambiental e a tradicional atividade de garimpo, responsável por uma enorme degradação ambiental.

Anteriormente, a preservação do meio ambiente não era uma preocupação, mas uma mudança ocorreu, trazendo novas pessoas e ideias sobre como realizar atividades em ambientes naturais, minimizando o impacto ambiental. A partir dos anos 90, turistas interessados nas belas montanhas, cachoeiras e outros atrativos naturais começaram a visitar a Chapada Diamantina, permitindo que a região superasse sua decadência econômica.

Ainda é possível encontrar garimpeiros nas serras do parque, mas eles realizam o garimpo manualmente, sem o auxílio de dragas (motores) que antes eram utilizadas nas escavações. Isso torna o trabalho desses garimpeiros mais árduo e menos eficiente. Portanto, aqueles que ainda buscam diamantes como meio de subsistência não se adaptaram ao turismo.

É importante destacar que eles são os responsáveis pelas trilhas percorridas pela Extreme EcoAdventure, pois são antigas trilhas utilizadas para o escoamento do garimpo. A equipe dessa agência, incluindo o proprietário da Pousada Luar do Sertão, Marcelo Cardoso, foi responsável por expedições exclusivas em caminhos antigos utilizados pelos garimpeiros, que estavam “abandonados” desde o fechamento oficial do garimpo em 1996. Essas expedições tinham como objetivo reabrir essas antigas trilhas que atravessam as serras e passam por cachoeiras maravilhosas. O resultado dessas expedições foi a criação da Trilha do Garimpo.

 
 

 

 

Chapada Diamantina- Fauna

A caça, assim como o fogo, representa um dos maiores desafios para a fauna da região. Infelizmente, ainda ocorrem atividades de caça nas áreas do parque, e a falta de fiscalização coloca em risco a vida dos animais. Atualmente, são poucos os relatos de avistamentos de animais de grande porte. No entanto, é possível encontrar com mais frequência espécies como cobras, lagartos, gafanhotos, grilos, mocós (roedores), ouriços, saguis, morcegos, tatus e uma ampla variedade de aves.

Referência Bibliográfica:
FUNCH, ROY. Livro Um Guia Para a Chapada Diamantina. Gráfica e Editora Nova Civilização Ltda, 2002

 

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